Reforma da Previdência é um pacto com a sociedade, diz Davi Zaia

A reforma da Previdência também é necessária pela questão demográfica
A reforma da Previdência Social tem se mostrado uma medida urgente para evitar uma maior deterioração das contas públicas. Estimativas apontam que em 2018 a dívida pública chegará a 76% do PIB e, sem as mudanças no sistema previdenciário, o número pode ser ainda pior nos anos seguintes. Além disso, o País vive uma situação demográfica delicada com uma população cada vez mais idosa e uma taxa de natalidade que diminui anualmente.
Diante da situação, o presidente do PPS, Davi Zaia, reforçou a necessidade da aprovação dos ajustes que tramitam no Congresso Nacional. Para o dirigente, a previdência pública é um “pacto da sociedade”.

“A reforma também é necessária pela questão demográfica. Temos cada vez mais aposentados e, proporcionalmente, menos pessoas ingressando no mercado de trabalho. A situação é insustentável e por esse motivo a medida é justificada. A Previdência é um pacto da sociedade. Os brasileiros precisam decidir até onde querem financiar o sistema, pois uma geração financia a outra. Esse pacto se dá no Congresso que é o foro apropriado”, disse.
Zaia afirmou que o PPS tem uma posição clara sobre a matéria e atua por sua aprovação. Ele ressaltou o trabalho desempenhado pelo relator, deputado federal Arthur Maia (PPS-BA), que por meio do diálogo aperfeiçoou o texto original.
“O substitutivo do deputado alterou as condições iniciais e tornou a reforma mais amena, o que facilita a sua aprovação. Inicialmente a sociedade se mobilizou contra a proposta, mas acredito que o diálogo permitiu um realinhamento. Ele [Arthur Maia] buscou preservar aqueles que mais dependem da previdência que é a parcela mais humilde da população. Manteve, por exemplo, o salário mínimo como base de pagamento. É fundamental preservar os direitos daqueles com menores salários e, ao mesmo tempo, fazer o ajuste que permita uma previdência mais justa”, defendeu.
Retomada econômica
Davi Zaia também analisou o otimismo do mercado financeiro brasileiro com a perspectiva do fim da recessão econômica a partir do 3ª trimestre do ano. Além disso, relatório divulgado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê que o Brasil deverá ter crescimento em 2017 de 0,2% e de 1,7% em 2018.
“É o resultado de uma série de medidas que estão sendo tomadas pelo governo federal, como o controle da inflação e a queda acentuada da taxa de juros. Do ponto de vista econômico, o ambiente é favorável para a retomada dos investimentos. Aponta também que o governo Temer vai conseguir manter o controle da situação”, destacou.
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